A Importância da Estrutura Narrativa na Escrita: Um Guia para Autores

A estrutura narrativa desempenha um papel crucial na escrita de livros e artigos, não apenas para manter os leitores envolvidos, mas também para transmitir efetivamente a mensagem desejada. Ao criar uma estrutura narrativa sólida, os autores conseguem organizar suas ideias de maneira coerente e cativante. Neste artigo, exploraremos o que é a estrutura narrativa e como ela pode ser aplicada idealmente em diferentes gêneros literários.

A estrutura narrativa é o esqueleto da história, como a trama é organizada e apresentada ao leitor. Ela define a sequência dos eventos, o desenvolvimento dos personagens e a progressão da trama. Uma estrutura narrativa bem construída cria uma experiência de leitura mais imersiva e impactante.

Vejamos o exempo:

Diagrama de Estrutura Narrativa

  1. Introdução
    • Apresentação do mundo, contexto e personagens principais.
    • Estabelecimento do tom e do cenário.
  2. Conflito inicial
    • Introdução do conflito principal ou do problema que impulsiona a história.
    • Apresentação dos obstáculos iniciais.
  3. Progressão do conflito
    • Desenvolvimento do conflito, incluindo a intensificação dos obstáculos e desafios.
    • Desenvolvimento dos personagens e suas motivações.
  4. Ponto de virada
    • Um evento significativo que muda a direção da história.
    • Pode ser uma revelação, uma reviravolta ou uma grande mudança na situação.
  5. Consequências e complicações
    • Exploração das consequências do ponto de virada.
    • Apresentação de novos desafios e complicações.
  6. Clímax
    • O momento de maior tensão e emoção na história.
    • O conflito principal atinge seu ápice.
  7. Resolução
    • Os desdobramentos após o clímax.
    • Resolução do conflito principal.
    • Exploração das consequências finais.
  8. Epílogo
    • Encerramento da história.
    • Amarrando pontas soltas.
    • Reflexão sobre a jornada dos personagens.

C.S. Lewis, renomado autor britânico conhecido por sua série “As Crônicas de Nárnia” e outros trabalhos de fantasia, tinha uma abordagem única em relação à estrutura de narrativa. Embora ele não tenha especificamente delineado um diagrama ou mapa mental, podemos analisar sua obra e identificar certos elementos comuns em suas histórias. Aqui está uma descrição da estrutura narrativa que reflete a abordagem de C.S. Lewis:

  1. Introdução ao Mundo Comum
    • Apresentação do mundo normal e dos personagens principais.
    • Estabelecimento do cotidiano e da rotina.
  2. Chamado à Aventura
    • Introdução de um elemento mágico ou extraordinário.
    • O protagonista é convocado para uma jornada ou missão.
  3. Entrada no Mundo Mágico
    • Transição do mundo comum para um ambiente mágico ou desconhecido.
    • O protagonista explora e descobre novas maravilhas e perigos.
  4. Encontro com Mentores e Aliados
    • O protagonista encontra personagens que o orientam e oferecem sabedoria.
    • Alianças são formadas para enfrentar os desafios.
  5. Desafios e Provas
    • O protagonista enfrenta uma série de desafios que testam sua coragem e determinação.
    • As provações podem incluir obstáculos físicos, dilemas morais ou conflitos internos.
  6. Confronto com o Vilão
    • O protagonista enfrenta o antagonista principal.
    • A batalha final ou o clímax se desenrola.
  7. Recompensa e Transformação
    • O protagonista obtém uma recompensa ou alcança um objetivo desejado.
    • O personagem passa por uma transformação pessoal ou emocional.
  8. Retorno ao Mundo Comum
    • O protagonista retorna ao mundo inicial, levando consigo as lições aprendidas e a sabedoria adquirida.
    • Aventuras compartilhadas e experiências são levadas para a vida cotidiana.

É importante notar que essa é uma estrutura básica e simplificada, pois C.S. Lewis foi um autor criativo e seus trabalhos podem variar em complexidade e detalhes. Ele também incorporou temas religiosos e alegóricos em suas histórias, dando a elas camadas adicionais de significado. No entanto, essa estrutura pode servir como um ponto de partida ao desenvolver uma narrativa inspirada pelo estilo de C.S. Lewis.

É importante ressaltar que nem todas as histórias seguem essa estrutura de forma rígida, e algumas podem ter variações ou elementos adicionais. O diagrama acima serve como uma estrutura básica que pode ser adaptada conforme as necessidades e especificidades da história que você está desenvolvendo.

No entanto, cada gênero literário tem suas peculiaridades e, portanto, demanda uma estrutura narrativa específica. Vejamos alguns exemplos:

  1. Romance: O romance geralmente segue uma estrutura linear, com começo, meio e fim bem definidos. Isso permite ao autor introduzir os personagens, desenvolver o conflito e, finalmente, apresentar uma conclusão satisfatória.
  2. Suspense: Para criar tensão e mistério, muitos romances de suspense optam por uma estrutura não linear. Saltos temporais e revelações gradativas mantêm os leitores intrigados e ansiosos para descobrir o desfecho.
  3. Ficção científica: A ficção científica pode se beneficiar de uma estrutura circular, na qual eventos do passado ou do futuro são conectados ao presente. Essa abordagem ajuda a explorar conceitos de viagem no tempo, universos paralelos e possíveis futuros.
  4. Livros interativos: Com a ascensão da tecnologia, surgiram livros interativos que permitem aos leitores tomar decisões que afetam a trama. Essa estrutura interativa dá ao leitor o poder de moldar a história de acordo com suas escolhas.

Além dessas estruturas narrativas comuns, existem outros exemplos dinâmicos que podem ser explorados pelos autores. Alguns deles incluem:

  1. Estrutura em mosaico: Uma história fragmentada em diferentes partes, que se unem para formar um todo coerente.
  2. Estrutura epistolar: A história é contada por meio de cartas, e-mails ou outros documentos escritos.
  3. Estrutura em espiral: A narrativa retorna a pontos-chave em momentos diferentes, revelando camadas adicionais de informação a cada volta.
  4. Estrutura de flashback: O uso de flashbacks permite aos autores revelar eventos passados importantes que moldaram a história e os personagens.

Em última análise, a escolha da estrutura narrativa dependerá do gênero literário, do tom desejado e do efeito que o autor deseja transmitir ao leitor. Cada estrutura tem suas vantagens e desafios, e é importante que os escritores escolham a abordagem que melhor atenda às suas intenções criativas.

Ao dominar a arte da estrutura narrativa, os autores podem elevar sua escrita a um novo patamar. Uma estrutura bem construída proporciona uma base sólida para a expressão criativa, permitindo que as histórias fluam de forma coesa e envolvente. Além disso, uma estrutura narrativa adequada facilita a compreensão dos leitores, mantendo-os interessados e ansiosos por mais.

Para desenvolver uma estrutura narrativa eficiente, é importante considerar alguns aspectos-chave. Primeiro, defina claramente o objetivo da história e identifique os principais pontos de virada e conflito que irão impulsionar a trama. Em seguida, planeje a sequência lógica dos eventos, garantindo que eles se conectem coerentemente e sustentem o interesse do leitor.

Uma estrutura narrativa bem executada também considera o desenvolvimento dos personagens. Certifique-se de que suas motivações, arcos de transformação e relacionamentos evoluam de maneira realista e orgânica ao longo da história. Isso proporcionará uma experiência de leitura mais rica e imersiva.

Em conclusão, a estrutura narrativa desempenha um papel fundamental na escrita de livros e artigos. Ao escolher a estrutura ideal para cada gênero literário, os autores podem aproveitar ao máximo seu potencial criativo e criar histórias envolventes. Além dos exemplos mencionados, existem muitas outras estruturas narrativas dinâmicas que podem ser exploradas, permitindo uma expressão única e original. Ao dominar essa habilidade, os escritores estarão um passo à frente na criação de conteúdo impactante e memorável.

Além disso, é importante lembrar que a estrutura narrativa não é um conjunto de regras rígidas, mas sim uma ferramenta flexível que pode ser adaptada e personalizada conforme a visão e estilo de cada autor. Não tenha medo de experimentar e explorar novas abordagens narrativas, pois isso pode levar a descobertas surpreendentes.

Para aprimorar ainda mais suas habilidades na construção da estrutura narrativa, recomenda-se estudar obras de autores renomados em diferentes gêneros literários. Analise como eles organizam seus enredos, desenvolvem personagens e criam reviravoltas impactantes. Isso fornecerá percepções valiosos e ajudará a aprimorar suas próprias técnicas narrativas.

Além disso, esteja sempre atento ao feedback dos leitores e revise seu trabalho com cuidado. A estrutura narrativa pode ser refinada e ajustada ao longo do processo de escrita, permitindo que você aperfeiçoe sua história e crie uma experiência de leitura ainda mais cativante.

Em resumo, a estrutura narrativa é uma ferramenta essencial para autores que desejam criar histórias envolventes e memoráveis. Ao compreender as diferentes estruturas narrativas e aplicá-las adequadamente aos diferentes gêneros literários, os escritores podem cativar os leitores desde a primeira página. Lembre-se de que a chave está em equilibrar a criatividade com a organização, proporcionando uma experiência de leitura fluida e satisfatória. Domine a arte da estrutura narrativa e permita que suas histórias brilhem com vida própria.

Além disso, ao criar uma estrutura narrativa, é importante considerar o ritmo da história. Isso envolve equilibrar momentos de tensão e ação com momentos de calma e reflexão. Alternar entre cenas intensas e momentos mais tranquilos pode manter o interesse do leitor e fornecer oportunidades para o desenvolvimento dos personagens e a exploração de temas mais profundos.

Outro aspecto a ser considerado é a progressão dos eventos. Uma estrutura narrativa eficaz deve ter uma progressão lógica, onde cada cena e capítulo contribuem para o avanço da história. Evite digressões desnecessárias ou eventos que não estejam diretamente relacionados ao enredo principal, pois isso pode distrair o leitor e enfraquecer a narrativa como um todo.

Por fim, lembre-se de que a estrutura narrativa ideal pode variar conforme a proposta e estilo de cada obra. Enquanto alguns gêneros literários podem se beneficiar de estruturas mais lineares e previsíveis, outros podem exigir abordagens mais experimentais e não lineares. O importante é escolher uma estrutura que se alinhe à mensagem que você deseja transmitir e que melhor sirva à sua história específica.

Em suma, a estrutura narrativa é essencial para criar histórias envolventes e impactantes. Ao compreender os diferentes tipos de estrutura, adaptá-los aos gêneros literários adequados e considerar elementos como ritmo e progressão dos eventos, os autores podem otimizar sua escrita e oferecer aos leitores uma experiência memorável. Aproveite as oportunidades criativas que a estrutura narrativa oferece e permita que suas histórias sejam contadas de maneira cativante e única.

Ao explorar exemplos de estruturas narrativas dinâmicas, é possível abrir um mundo de possibilidades criativas. Aqui estão mais alguns exemplos para inspirar os escritores:

  1. Estrutura em camadas: Nessa abordagem, a história é apresentada em diferentes níveis ou camadas, com cada uma revelando novos elementos e perspectivas. Isso cria uma narrativa complexa e multidimensional.
  2. Estrutura em abismo: Essa estrutura envolve a inclusão de uma história dentro de outra história. Os eventos e personagens de uma história podem espelhar ou refletir os da outra, criando conexões e paralelismos interessantes.
  3. Estrutura episódica: Aqui, a história é dividida em episódios independentes, mas conectados. Cada episódio pode ter sua própria trama e arco de personagem, mas contribui para a progressão geral da história.
  4. Estrutura de quebra-cabeça: Essa estrutura desafia o leitor a montar as peças da história, apresentando fragmentos não lineares que gradualmente se encaixam para formar uma imagem completa.
  5. Estrutura de contos entrelaçados: Vários contos ou narrativas curtas são entrelaçados, compartilhando personagens, temas ou eventos em comum. Essa abordagem cria uma tapeçaria complexa e interligada de histórias.
  6. Estrutura em retrospectiva: A história é contada de trás para frente, começando pelo desfecho e retrocedendo no tempo. Isso cria um senso de mistério e intriga, levando o leitor a descobrir como os eventos chegaram ao ponto inicial.

Lembrando sempre que a estrutura narrativa deve ser uma escolha consciente e servir ao propósito da história. Experimente diferentes abordagens, mas certifique-se de que elas complementem a narrativa, em vez de se tornarem uma distração.

Através da compreensão da estrutura narrativa e da exploração de exemplos variados, os escritores podem expandir seu repertório criativo, conquistar o interesse dos leitores e dar vida a histórias memoráveis. Portanto, mergulhe no mundo da estrutura narrativa e descubra as possibilidades infinitas que ela oferece para sua escrita.

Como vender seu livro pela sinopse

A sinopse é um grande passo a ser dado em relação ao que você espera para o seu livro. Depois de ter ficado meses, até anos, escrevendo, revisando e reescrevendo, agora, você tem mais esse obstáculo pela frente. Afinal, se quer enviar o seu manuscrito para editores, para divulgação, geralmente lhe pedirão uma sinopse dele. Assim, é preciso que ela vá além da simples tarefa de mostrar o livro. É preciso que ela o venda.

Vamos começar pelo básico: afinal, o que é uma sinopse?

Uma sinopse é um esboço de todo o seu texto de ficção, do começo ao fim, resumindo o arco narrativo do livro e de um ou dois dos personagens principais dele. O objetivo é dar ao leitor uma compreensão completa do seu livro, sem entrar em muitos detalhes.

Uma sinopse de venda é escrita na terceira pessoa, no tempo presente e é pensada para ajudar um editor ou o leitor a ter uma ideia, de forma rápida, da história, sem ter que ler o livro em si.

O que você terá de produzir é uma sinopse que faça alguém “sentir”, inspire uma reação emocional, procure transmitir o espírito do romance em vez de enchê-la de detalhes.

Você está contando a alguém sobre sua obra, na esperança de conquistar a pessoa a investir na leitura dela. É um pitch do livro!

Pense na sinopse do livro da mesma forma que pensa na capa dele. É a primeira parte do texto com que seu leitor em potencial terá contato. Esse é, depois de olhar a capa, o gancho que fará com que alguém compre o livro ou continue navegando na leitura dele. O elemento que permanece inalterado é o propósito: a sinopse destina-se a vender o livro.

Aceitando que essa é uma peça crítica de material de marketing para o seu livro, você deve se preocupar em fisgar os leitores, transmitindo a mensagem do seu livro e utilizando apenas 400 ou 500 palavras (cerca de uma página impressa) de texto.

 

Por onde começar?

Uma boa ideia é produzir a sinopse começando com um parágrafo forte, que descreva toda a história em essência. Para livros baseados em enredo, essa é uma miniatura dele. Para romances conduzidos por personagens, deve ser um resumo do arco do personagem principal.

A maioria das pessoas conhece a base da história de Star Wars: “Um império cruel e maligno domina o universo. Luke Skywalker, morador de um planeta remoto, junta-se à rebelião para derrubar o Império e restaurar a liberdade da galáxia.”

O que estou tentando fazer com uma sinopse?

Não se esqueça de que você está tentando alcançar uma venda!

Existem quatro elementos-chave para o que você está tentando demonstrar na sinopse referente a sua história:

 

  • Uma premissa original e divertida.
  • Um personagem principal convincente.
  • Um assunto interessante e talvez atual.
  • Um bom enredo, que não dependa de coincidências insanas ou de atos divinos para sua resolução (como em “e ele acordou e foi tudo um sonho!”).

 

O que deve ser incluído?

Você precisa incluir na sinopse o(s) personagem(ns) principal(is), a situação ou o problema de abertura, o incidente para começar a “rolar a bola”, o que os protagonistas precisam alcançar como resultado desse evento e quais são as ambições deles, quais forças ou personagens se opõem aos seus objetivos, como a crise é resolvida e como os personagens mudaram até o final do livro.

 

Não se esqueça: se o seu livro é leve e alegre, certifique-se de que sua sinopse também seja. Transmita o espírito do livro através do uso da linguagem!

O encantamento de um não leitor pela literatura

A literatura costuma ser algo hermético, isto é, algo aparentemente fechado, oculto, difícil de acessar, talvez, para a maioria das pessoas.

Muitos já se defendem dizendo: “não gosto de ler” ou “não entendo nada de literatura”.
Segundo o estudo “Analfabetismo no Mundo do Trabalho”, uma parceria do Instituto Paulo Montenegro (IPM) e a ONG Ação Educativa, a população brasileira tem 27% de analfabetos funcionais na faixa etária entre 15 e 64 anos. Somente 8% dos brasileiros desta faixa etária são capazes de se expressar e de compreender plenamente. O que nos leva a concluir que a baixa escolaridade seria um dos motivos do baixo interesse pela leitura e, consequentemente, pela literatura.

Além disso, o que normalmente se vê no Brasil é uma total falta de incentivo para tornar a literatura parte natural da vida das pessoas – de qualquer idade, não somente de crianças. Não que não existam iniciativas pontuais, pois, sim, existem. Entretanto, faltam programas de abrangência nacional que sejam mais efetivos.
Muitas vezes o termo literatura vem acompanhado de definições como: “algo que não serve para nada”, “tenho coisas mais importantes a fazer” e assim por diante.
Então vamos começar do começo e tirar o véu que encobre esse assunto, muitas vezes, difícil de entender.

O que é literatura?
Literatura é, em princípio, “toda coisa escrita”. Entretanto, ao longo dos anos o termo “literatura” ficou mais associada à ficção, isto é, às histórias criadas com criatividade e imaginação.
E a literatura como ficção é nada mais do que o ato de se contar em texto uma história, uma narrativa.
É importante lembrar que as histórias fazem parte da vida dos seres humanos, desde o tempo das cavernas quando se contavam histórias de caçadas ou de atos heroicos de batalhas ou de eventos divinos ao redor da fogueira. Aliás, o que nos diferencia dos animais não é a linguagem, mas as histórias.
Podemos encontrar histórias em todos os lugares. Desde a fofoca que corre solta pela rua, até um “causo” acontecido ou não. Há histórias de pescador, do imaginário popular, das crendices e das histórias inventadas. Histórias de divindades, sacras e mundanas. Histórias criativas, estruturadas, construídas com esmero. E, posso dizer, que somos ansiosos por histórias. Necessitamos delas, sempre querendo saber da última. Sempre ouvindo com atenção o final “daquele acontecido”.

Seria verdade? Seria mentira? Tanto faz, mas o prazer de ouvir uma história é sempre grande.
No entanto, estas são histórias faladas, contadas “de boca a ouvido”. Então, o que acontece com as histórias quando estas passam do formato falado para o escrito que o interesse por elas diminui drasticamente?
Posso argumentar que as histórias orais sempre são conduzidas de forma diferente cada vez que são contadas. Que as construções nem sempre são perfeitas. Que as normas do idioma nem sempre são respeitadas, e nem precisam ser. Ao passo que na forma escrita, os textos são escritos, editados, revisados, corrigidos e possuem o padrão da norma culta, ou gramática. Que as palavras estão escritas corretamente e por aí afora.
O que ocorre é que ao se transpor uma história oral para a escrita é necessário que o, agora, leitor tenha que ser um agente ativo, isto é, quem lê precisa “fazer a sua parte”: ler, processar e entender de forma pessoal e solitária. Enquanto na oralidade as histórias são compartilhadas coletivamente, na leitura do texto escrito é preciso concentração, esforço independente.

Seria este o impeditivo que faz com que muitas pessoas não gostem de ler? Que não se arrisquem em um tempo de concentração para poder absorver as informações de um texto escrito?
Digo mais, seria nosso clima, nosso jeito de ser do brasileiro, tão informal e sempre rodeado de pessoas, impróprio para a necessidade da pausa e da reflexão para a leitura?
Talvez seja tudo isso e ainda mais.
Sendo assim, se por um lado naturalmente gostamos de histórias, por outro existe uma resistência para a leitura, então é certo que exista um outro elemento-chave para que alguém “pegue gosto de ler”: a escolha do livro ou o texto certo para sua leitura.
Por livro certo me refiro àquele com assunto de interesse, linguagem adequada à escolaridade (para adultos ou crianças), domínio e compreensão de texto.

Seriam estes motivos suficientes para que ocorra o encantamento de um não leitor pela literatura?
Somente o leitor poderá dizer. Mas quero animá-lo a tentar. Se sua cidade tem biblioteca, livraria, tome coragem e comece a procurar por temas que lhe interessam. Aventuras, viagens, romance, mistério, policial, terror, são tantos os gêneros nos quais você pode iniciar.

A internet também está repleta de textos literários, nem sempre primando pela qualidade, mas é possível garimpar.
Depois de escolher o tema, escolha algum que tenha uma linguagem ou estilo que lhe agrade. E pronto! É escolher um local onde você possa se concentrar e ler. E começa de maneira simples: leia uma frase, um parágrafo, uma página e quando você vir, terá lido o livro todo.
E mais, tente se conectar com outras pessoas que também leem. Troque impressões, comente, troque livros. Isso nos faz querer avançar e melhorar a cada dia.
Por fim, acredito que além de nos proporcionar entretenimento, a literatura nos proporciona elevar o pensamento, a reflexão, a ativação dos neurônios, a construção de imagens mentais, e assim, o auxílio na preservação da nossa saúde física e mental.

Seja bem-vindo, seja bem-vinda ao mundo da literatura!

Autor
SANDRO BIER é criador do canal Café do Escritor, que desde 2015 auxilia novos escritores e autores já publicados, a escreverem melhor e a publicarem os seus livros.
Acredita na transformação da pessoa por meio da jornada da escrita.
É editor de livros com 20 anos de experiência, atuando também como Mentor editorial e produtor de cursos de comunicação escrita e escrita criativa.
Em 2022, lançará seu livro O alívio das palavras, pelo seu selo EntreCapas.

Como escrever uma história que o leitor não consegue largar — Cliffhanger

 

Não é somente sobre escrita, é sobre vida, é sobre melhorar como ser humano!

Como você termina os capítulos de seus livros? De forma morna, sem grandes acontecimentos? Ou você usa a técnica de deixar o seu herói pendurado no penhasco – literalmente, o cliffhanger? A ideia do suspense, da curiosidade e de não saber o que aconteceu fará o leitor virar a página e seguir a leitura.

Essa técnica não é somente para livros de suspense ou de ação, mas para obras de qualquer gênero.

Verifique os textos dos livros de que você mais gostou e veja: como o autor terminou cada capítulo? Mantendo o leitor preso.

Nos filmes, isso ocorre muito. Quem quer escrever tem que estar sempre se aperfeiçoando e aprendendo muitas técnicas de escrita.

Cliffhanger é um gancho que você joga para que o leitor permaneça no próximo capítulo. Primeiro você o joga e depois tem que ter uma linha muito forte, uma “chumbada” no capítulo seguinte, a qual dá estabilidade. Ela estica o fio para que haja continuidade. Quando saltamos para o próximo capítulo, você pode mudar de personagem, de ambiente, mas tudo faz parte da mesma ação que foi esticada.

Como se aprende isso?

Através de leitura, do estudo de livros já escritos, para entender como se fez essa jogada que mantém os olhos do leitor no livro.

Vamos ver os quatro tipos de penhascos que você pode utilizar:

1 – Corte no perigo.

Terminar o capítulo em um momento que parece que deu para o seu herói, que acabou. Pode ser até o fim mental, psicológico. Então, começa o próximo capítulo, com uma outra situação ou personagem que valide a condição anterior de seu herói.

2 – O apagão.

Fazer com que o personagem perca os sentidos ou feche os olhos no fim da cena: ele pode ter sido drogado, levado uma coronhada na cabeça ou passado por outra circunstância que realmente faça com que ele “apague”. Ele acordará e você poderá utilizar alguns detalhes para dar mais ênfase à cena. Por exemplo: ele não precisa voltar ao mesmo local em que estava, pode haver um salto, ele pode aparecer em um lugar diferente. Cuide, pois é possível que você tenha que explicar o que ocorreu entre o apagão e o retorno.

3 – A revelação do personagem.

Fazer revelações surpreendentes na cena do penhasco. Elas acontecem no momento crucial que é o fim de um capítulo e o desenrolar do próximo.

4 – O emocional.

Criar a cena de ápice emocional para o leitor e cortar.

 

Dica bônus: A forma de fazer um cliffhanger bem-feito é antecipando aquilo que o leitor quer. E como saber isso? Bem, você deve estudar o gênero a que o livro que está escrevendo pertence e ver o que as convenções dizem que o leitor busca nesse gênero. Ele gosta de sofrer, de chorar? Então escreva um Cliffhanger emocional onde no fim de cada capítulo o leitor vai se molhar de lágrimas.

Assim, estude o gênero que você está escrevendo, os livros de referência ou marcantes e leia-os de forma crítica, não somente como leitor.

 

 

 

O que você precisa saber para divulgar seu livro

O que você precisa saber para divulgar seu livro

 

Por que alguns conseguem divulgar seus livros e outros não? Com algumas dicas, eu vou te ajudar a fazer parte dos autores que divulgam e vendem seus livros.

 

Em 20 anos como editor, sempre me perguntei por que alguns livros eram sucesso de vendas e outros não, mesmo tendo um conteúdo excelente, produção de capa e miolo muito bem-feitos.

 

Sabe qual era a diferença? O quanto o autor fazia a sua parte na divulgação do seu nome, inicialmente, depois de seus livros. Isso mudava muita coisa.

Você precisa saber que:

1. O autor deve ser o maior divulgador do seu livro. Não tem outro jeito.

Quando vemos o autor que faz lives nas redes sociais, que interage com outros autores, que encontra seus leitores e mostra quem é, mais do que ser visto para ser lembrado, a sua atuação é para mostrar o seu valor como pessoa, como profissional, seja da área que aborda, seja como profissional da escrita.

 

Sabe a coisa que o leitor mais detesta? O leitor detesta escritor com cara e jeito de amador. Aquele que desvaloriza o seu próprio produto. Se o autor não gosta ou tem que se desculpar, seja por uma capa não muito boa, seja pela diagramação mais ou menos, seja, ainda, por um conteúdo sem tratamento de texto, que autor é esse?

Você tem que oferecer ao seu leitor o melhor texto, a melhor qualidade do livro que puder. E você tem que se posicionar como um escritor, capacitado, criativo e senhor ou senhora do seu conteúdo. É isso que precisa ser mostrado.

 

 

2. Tenha um plano de divulgação

Sem um plano, o resultado dificilmente ocorrerá como o desejado. Assim, você tem que planejar a escrita, a produção, a impressão do livro, bem como planejar a divulgação e consequente venda do livro. Lembre-se de que tudo isso é um negócio, mais ainda, é o seu negócio.

A partir do momento que você lança o seu livro, você vira um empreendedor do produto livro: Escritor S/A. Então, tem que agir dessa forma.

Quantas pessoas eu conheço que, depois de lançar o livro, vão aprender sobre marketing, mídias sociais, negócio do livro e assim por diante. Você não pode ficar sendo levado pela maré, procure as pessoas certas para acompanhar você.

Talvez você tenha que investir um pouco, mas quem sabe aprender neste momento te ajude em todos os lançamentos futuros.

 

3. Crie os seus canais de divulgação

Muita gente já tem suas redes, mas interagir nas redes sociais é mais do que postar foto de gatinho. É pegar aquele plano e verificar onde está o seu público. Isso considerando que você já sabe quem é o seu público. Se não souber, volte 5 casas.

As redes sociais são ambientes necessários, mas extremamente competitivos. Por isso, além da divulgação virtual, invista em divulgação presencial. Palestras, aulas, encontros, lançamentos. Crie eventos para você encontrar pessoas, presencial ou virtualmente.

Para começar, aproveite sua rede de contatos existente e vá ampliando. O contato com outros escritores também lhe dará novas ideias. Faça parcerias, entenda como funciona o jogo.

 

4. Envolva os seus leitores na divulgação

Considere e valorize aqueles que já leem o seu livro e conhecem você. Convide-os para conversar, discutir o texto do livro. Peça comentários críticos sobre o livro, depoimentos, feedbacks, desafie o leitor a postar uma foto com seu livro, usando sua hashtag de divulgação. E assim por diante.

 

Entenda que sem alguém que o leia, o escritor morre. Essas dicas são apenas algumas maneiras de envolver seus leitores em seus esforços de marketing. O mais importante é ser criativo e valorizar cada pessoa que lê o seu livro e segue você.

 

Sabe qual é a última dica que você precisa saber para divulgar seu livro?

Apresente aqueles elementos importantes e definidores de uma boa pessoa, como honestidade, transparência e empatia.

Eu acho difícil um autor não ter esses e outros aspectos que engrandecem o ser humano.

Afinal, quando você escreve, tudo isso já vem à tona, porque a escrita transforma, então, é hora de mostrar quem você é de verdade, por meio dela.

 

É possível escrever mais de um livro ao mesmo tempo?

É possível escrever mais de um livro ao mesmo tempo?

 

Se você tem muitas ideias de textos o tempo todo, já deve ter se feito esta pergunta: será que dá certo escrever vários livros ao mesmo tempo? Como lidar com muitas ideias de histórias ou mesmo de assuntos a serem abordados em diversos livros?

É muito comum a pessoa descobrir a escrita e se empolgar a ponto de começar a escrever diversos livros ao mesmo tempo. Mas será que essa é uma boa opção?

 

Guia

Pela minha experiência de 20 anos como editor, orientando escritores, posso afirmar o quanto é difícil dizer o que podem ou não fazer. Muitos, principalmente os iniciantes, não ouvem orientações ou dicas, confiam somente em sua intuição. Eu diria que é bom realmente produzir muito, mas fazer isso sem levar em consideração informações importantes da escrita geralmente não dá certo.

“Sandro, estou escrevendo 4 livros ao mesmo tempo e quero lançar todos até o final do ano.”

É ótimo planejar, mas tem que ser um planejamento realista.

Minha função como editor é avaliar o que está sendo produzido, isto é, a qualidade do texto: se ele funciona em relação aos seus objetivos; se estabelece comunicação com o público; se é fluido e assim por diante. Jamais posso dizer: “Não escreva!”, a não ser que uma escrita esteja atrapalhando a outra. Por isso, eu trouxe alguns conselhos para você que está escrevendo vários livros ou tem diversas ideias para desenvolver.

 

Plano

Primeiro: seria tecnicamente possível escrever vários textos ao mesmo tempo? Sim, mas, novamente, isso depende de como a mente do autor funciona. Por isso, aí vão cinco conselhos:

#1. Trabalhe duas ou mais ideias muito diferentes de uma vez

Por exemplo, alguém que estava escrevendo um gênero travou, ficou sem ideias e, nesse tempo, pegou outro livro de um gênero diferente para produzir. O simples fato de mudar de universo literário fez com que a pessoa produzisse o segundo livro e, posteriormente, voltasse ao primeiro para terminá-lo.

Seria difícil trabalhar em dois romances distópicos ao mesmo tempo. A possibilidade de confundir as ideias é grande e isso provavelmente faria os dois livros ficarem muito parecidos um com o outro. Além disso, quando você fica esgotado em um deles, isso significa que também está esgotado no outro.

Quando você está entediado com o romance, pode trabalhar no seu livro de desenvolvimento pessoal. Você vê a diferença? Essa pode ser a cura definitiva para o bloqueio de um escritor.

 

#2. Escreva um enquanto pesquisa o outro livro

Se você não estiver pronto para escrever dois ou mais livros ao mesmo tempo, tente este método um pouco mais suave: escreva um enquanto pesquisa o outro livro. Essa estratégia vai evitar confusões.

Você já sabe como escrever o primeiro livro e pode trabalhar nele. Enquanto isso, pesquise tudo o que puder sobre outra grande ideia sua. Essa abordagem funciona bem porque a pesquisa oferece uma pausa do foco total na primeira ideia. Além disso, você não está se permitindo abandonar outro grande conceito só porque já está trabalhando em um livro. Você fica inspirado durante o processo de pesquisa e aprendizado.

Se você não consegue escrever dois livros ao mesmo tempo, mas tem muitas ideias, tome nota delas. Não perca pensamentos que podem render algo bem interessante.

 

#3. Mantenha cada projeto em um estágio diferente

Essa é uma das estratégias mais importantes para prevenir a síndrome de Burnout, ou seja, o esgotamento total.

Quando você começa a trabalhar em um livro, você está em um estado de espírito específico. Finalizá-lo leva a um estado diferente de corrigir outro texto. Então, o ideal é não sincronizar estágios. Comece a pesquisar o segundo livro somente depois de fazer o primeiro deslanchar na escrita. Essa é uma ótima solução para evitar pressionar a si mesmo caso tenha data para entregar cada obra.

 

#4. Use música de fundo diferente para cada projeto

Eu li num artigo que usar música de fundo diferente para cada projeto auxiliaria seu cérebro a se conectar na sintonia daquele livro. Será? Eu nunca testei, mas muita gente associa música aos seus escritos. Então, você pode tentar. Que tal Beethoven para uma escrita romântica e uma música sombria para o seu romance distópico, por exemplo?

 

#5. Não se perca no trabalho

Escrever um único livro é difícil. Então, multiplique o difícil pelo número de obras em que você pretende trabalhar e entenda em que está envolvido.

Esse tipo de trabalho pode levar a um sério esgotamento. Estamos falando de uma situação em que você não consegue escrever uma única palavra, não importa em qual de seus projetos decida trabalhar.

A solução? Encontrar equilíbrio entre o profissional e o pessoal, não negligenciando os outros aspectos de sua vida.

Sempre separe algum tempo quando precisar descansar. Não perca o contato com sua família. Envolva-se em atividades que fazem você se sentir bem. Cozinhar, socializar, ler, praticar ioga… O que preferir. Escrever é parte integrante da sua vida, mas não a transforme em tudo o que você gosta. Acerte a dosagem!

 

Qual é a vantagem de escrever vários livros ao mesmo tempo?

Se você realmente consegue, é uma forma de ter mais livros escritos em um curto espaço de tempo. Isso resultará em mais obras publicadas e, como você sabe, uma carreira literária não se faz somente com uma publicação, mas com uma continuidade nela.

É um desafio, mas pode dar certo!

 

 

O que é escrita criativa? — Escrita criativa #01

A escrita criativa: permita-se expandir sua mente!

Escrever é uma forma de liberdade pessoal. A escrita nos liberta da identidade de massa que vemos ao nosso redor.

Na verdade, os escritores escrevem em busca de uma salvação, não para serem diferenciados dos demais, mas para sobreviverem como indivíduos. Não é um grande motivo para ser escritor ou escritora?

Pois bem, nós pensamos como os escritores escrevem? Bom, de forma criativa, não é?

E agora chegamos a estas duas palavras “escrita criativa”.

O que é escrita criativa?

Pode parecer difícil limitar a resposta à pergunta: “O que é escrita criativa?”, uma vez que a escrita criativa engloba muitos tipos de escrita e podemos pensar em diferentes definições.

Mas me parece que podemos dizer que EC é a “arte de inventar coisas” na escrita: é dar um toque criativo à história que você escreve. Em qualquer caso, a escrita criativa faz você sair da realidade e entrar em um novo reino inspirado por sua própria imaginação. Com a escrita criativa, você é capaz de expressar sentimentos e emoções em vez de fatos frios e duros, como faria na escrita acadêmica. A escrita criativa é a escrita original que expressa ideias e pensamentos de uma forma imaginativa.

Talvez esta definição ainda não seja a definitiva, uma vez que envolve tantas variáveis na escrita, na forma de escrever e na cabeça de cada escritor. Por ser um tópico tão amplo, a melhor maneira de definir a escrita criativa é navegar por uma lista de coisas que são e não são consideradas escrita criativa.

Tipos de escrita criativa

Sua imaginação começa a fluir quando você se dedica à escrita criativa. A maior parte da escrita, de longe, é criativa. Com ele, você pode fingir o que quiser e ajudar um leitor em potencial a fazer o mesmo. Diferentes tipos de escrita criativa são encontrados nestas categorias de escrita:

• Romances;

• Novelas literárias;

• Poemas;

• Roteiros para cinema e TV;

• Contos;

• Canções.

Tipos de escrita que não são escrita criativa

Qualquer tipo de escrita muito formal, precisa e baseada em fatos não é considerada escrita criativa. As formas de escrita que não são consideradas escrita criativa incluem:

Quando se trata de escrita, existem muitos tipos diferentes. Como você já sabe, nem toda escrita pode ser lida da mesma maneira.

A escrita criativa usa sentidos e emoções para criar um visual forte na mente do leitor, ao passo que outras formas de escrita normalmente apenas deixam o leitor com fatos e informações, em vez de intriga emocional.

E por que nós nos preocupamos com a escrita criativa? Porque queremos escrever excelentes livros de ficção!

Quais são os elementos da escrita criativa necessários para um livro de ficção excelente?

Vou falar de 3 elementos bastante importantes.

Aqui estão os elementos que compõem a escrita criativa e o porquê cada um é tão importante quanto o outro.

Enredo único

O que mais diferencia a escrita criativa de outras formas de escrita é o fato de que a escrita criativa sempre tem algum tipo de enredo único.

Você pode até jogar informações em um programa gerador de ideia, mas tenho certeza de que ele nunca vai superar a mente de um escritor, com suas próprias ideias únicas, criando enredos que refletem a característica de cada autor.

E é bom que tenha enredo, porque sem enredo, não há história. E, sem uma história, você está apenas escrevendo fatos no papel, como um jornalista.

Personagem

Assim como um enredo, os personagens são necessários para a escrita criativa. Alguém precisa viver e contar a história.

Os personagens precisam ser desenvolvidos de forma para que os leitores possam ser capazes de compreender profundamente quem é aquela pessoa que está na história, como se fosse uma pessoa ao seu lado.

Descrições visuais

Um dos objetos da escrita criativa é sua capacidade de criar imagens na mente do leitor.

Eu sempre chamo a atenção dos escritores para a quantidade e possibilidade de imagens que se possa criar. Isso é diferente para cada leitor, mas precisa acontecer.

Quando você está lendo um jornal, não costuma ler parágrafos de descrições que retratam os arredores de onde os eventos aconteceram. As descrições visuais são reservadas para a escrita criativa.

Escrita criativa para a vida

A escrita criativa pode ser o que você quiser, desde que não seja uma história em que você somente apresenta fatos e acontecimentos. Uma história pode surgir de praticamente qualquer coisa, porque ser criativo e fazer parte do que é humano. Você pode usar a escrita criativa para expressar seus próprios sentimentos ou entreter outras pessoas.

Agora que você sabe como compor um texto criativo, explore dicas para envolver os leitores.

Como melhorar sua escrita criativa?

O velho conselho de sempre continua valendo: leia muito! Leia estilos e gêneros diferentes. É importante sair da sua zona de conforto. Você costuma ler romances românticos? Leia algo de suspense ou terror. Costuma ler romances enormes? Leia microcontos e poesia para entender como as coisas podem ser sintetizadas e assim por diante.

Também participe de comunidades de escritores. Participe, aproveite que outras pessoas também estão aprendendo e aprendam juntos.

Lembre-se: este não é o seu público-leitor, mas a oportunidade de aprender com pessoas que fazem a mesma coisa que você: escrever.

E também participe de cursos de escrita criativa.

Aqui no Café do Escritor temos uma comunidade de escritores, e cursos, como o Como Começar a Escrever um Livro de Ficção.

Não fique parado, escreva de forma criativa!

A Estrutura de Narrativa Moderna em 3 Atos: Um Guia para Escritores e Aspirantes

A arte de contar histórias fascina a humanidade ao longo dos séculos, e os escritores são os artesãos que tecem narrativas envolventes capazes de transportar os leitores para mundos imaginários. Uma das principais ferramentas à disposição dos escritores é a estrutura narrativa, que proporciona uma base sólida para o desenvolvimento de uma história coesa e cativante.

Neste artigo, exploraremos a Estrutura de Narrativa Moderna em 3 Atos, uma abordagem amplamente utilizada por escritores e roteiristas para criar histórias memoráveis. Se você é um escritor iniciante ou um aspirante a autor, esta estrutura pode ser um valioso recurso para aprimorar suas habilidades de escrita e desenvolver narrativas impactantes. Você aprenderá a planejar um livro para escrevê-lo o início ao fim com a estrutura.

A Estrutura de Narrativa Moderna em 3 Atos é uma técnica narrativa bastante comum entre romancistas e roteiristas. Ela divide uma história em três partes, muitas vezes chamadas de Configuração, Confronto e Resolução. 

A estrutura de três atos é uma convenção herdada das peças do dramaturgo noruguês Henrik Ibsen. A técnica foi popularizada por Syd Field em seu livro de 1979, Roteiro – Os Fundamentos do Roteirismo. 

A estrutura de três atos é uma das maneiras de se estruturar uma história, além de ser a mais utilizada. A ideia é que a história seja dividida em três partes, e entre cada uma delas, um ponto de virada. A primeira parte é a Configuração, onde a história é apresentada e os personagens são introduzidos. A segunda parte é o Confronto, onde o conflito principal é apresentado e desenvolvido. A terceira parte é a Resolução, onde o conflito é resolvido e a história é concluída.

A Importância da Estrutura na Narrativa

Antes de mergulharmos na estrutura em 3 atos, é crucial compreender a importância de uma estrutura bem definida em uma história. Uma estrutura sólida serve como a espinha dorsal da narrativa, fornecendo um roteiro para o escritor e garantindo que a história flua de maneira lógica e coerente.

A estrutura em 3 atos é especialmente popular por sua capacidade de envolver os leitores ao longo da jornada do personagem principal. Ela divide a história em três partes distintas, cada uma com um propósito específico: apresentação, confrontação e resolução. Vamos explorar cada um desses atos em detalhes e entender como aplicá-los em suas próprias histórias.

Ato 1: Apresentação:

O primeiro ato da estrutura em 3 atos é conhecido como “Apresentação”. Aqui, somos introduzidos ao mundo da história, aos personagens principais e ao conflito central. É crucial responder às cinco perguntas básicas: o quê? Quem? Como? Quando? Por quê?

No primeiro ato, encontramos dois elementos essenciais: o Incidente Inicial e a Crise Inicial. O Incidente Inicial é um evento que leva o personagem a sair de sua zona de conforto, desencadeando a jornada que ele enfrentará ao longo da história. A Crise Inicial, por sua vez, é o ponto em que tudo se complica ainda mais, e o personagem é confrontado com desafios que o fazem questionar seus valores e crenças.

O clímax do primeiro ato é o momento em que o personagem começa a provar seu valor e a alcançar a autoconfiança necessária para resolver o dilema inicial. Ele se compromete a superar os obstáculos e levar a história adiante.

Vejamos alguns exemplos de Apresentação:

  1. “Harry Potter e a Pedra Filosofal” – J.K. Rowling:
    • Quê? A história se passa em um mundo mágico oculto dos trouxas, onde o jovem Harry Potter descobre que é um bruxo.
    • Quem? Harry Potter é o protagonista órfão que vive com seus tios e descobre seu verdadeiro legado.
    • Como? Harry é convidado para estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde conhece seus amigos Ron e Hermione.
    • Quando? A história se desenrola ao longo do primeiro ano de Harry em Hogwarts.
    • Por quê? Harry precisa enfrentar o maligno Lord Voldemort, que ameaça retornar ao poder.
  1. “Orgulho e Preconceito” – Jane Austen:
    • Quê? A história se passa na Inglaterra do século XIX, onde acompanhamos as complexidades do amor e da sociedade.
    • Quem? Elizabeth Bennet é a protagonista inteligente e obstinada, pertencente a uma família de classe média.
    • Como? Por meio de encontros sociais e relações familiares, Elizabeth se envolve em um relacionamento complicado com o rico Sr. Darcy.
    • Quando? A história se desenrola em um período não específico.
    • Por quê? Elizabeth precisa superar seus preconceitos e orgulhos para encontrar a verdadeira felicidade em um mundo cheio de convenções sociais.

Ato 2: Confrontação:

O segundo ato, também conhecido como “Confrontação“, é o coração da história, onde o leitor se envolve intimamente com o destino do personagem principal. Aqui, encontramos três tipos de obstáculos: físico, social e psicológico.

No meio da história, algo significativo acontece, marcando uma grande virada ou introduzindo uma nova dimensão à narrativa. Esse momento é conhecido como o “Desastre“, ao precipitar os eventos em direção ao desfecho da história. O Desastre é um ponto-chave que cria tensão e impulsiona o enredo.

Durante o segundo ato, a Crise se intensifica, levando o personagem a enfrentar sua maior confusão mental e moral. Nesse estágio, é essencial que o personagem alcance uma grande vitória, geralmente a um preço alto, no clímax do segundo ato. Essa vitória pode ser tanto uma conquista pessoal quanto a superação de um desafio externo.

O segundo ato é o momento em que o leitor fica mais envolvido com a história, acompanhando as lutas e o crescimento do personagem principal. Os obstáculos físicos representam desafios tangíveis que o personagem precisa superar, como uma batalha física ou uma jornada perigosa. Os obstáculos sociais referem-se a conflitos com outras pessoas, sejam eles antagonistas, aliados relutantes ou obstáculos impostos pela sociedade na qual o personagem está inserido. Já os obstáculos psicológicos são desafios internos que o personagem precisa enfrentar, como medos, traumas ou dilemas morais.

À medida que o segundo ato avança, o personagem principal enfrenta uma série de testes e adversidades que o levam ao limite. É nesse ponto que sua jornada atinge seu ápice de conflito e tensão, estabelecendo as bases para o clímax final.

Vejamos alguns exemplos de Confrontação:

  1. O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel” – J.R.R. Tolkien:
    • Obstáculo físico: A Sociedade do Anel enfrenta perigos físicos, como a travessia das Montanhas Sombrias e o ataque de criaturas malignas.
    • Obstáculo social: Eles enfrentam a hostilidade e a desconfiança de diferentes povos e raças na Terra Média.
    • Obstáculo psicológico: Frodo Baggins precisa lidar com o fardo do Anel e resistir à sua tentação de poder.
  1. A Garota no Trem– Paula Hawkins:
    • Obstáculo físico: A protagonista Rachel se envolve em uma série de eventos perigosos enquanto tenta descobrir a verdade sobre o desaparecimento de uma mulher.
    • Obstáculo social: Rachel enfrenta o estigma de sua própria instabilidade emocional e o julgamento das pessoas ao seu redor.
    • Obstáculo psicológico: Rachel luta contra suas próprias memórias fragmentadas e seu vício em álcool enquanto tenta desvendar o mistério.

Ato 3: Resolução:

No terceiro ato, intitulado “Resolução”, caminhamos em direção ao desfecho da história e descobrimos se os personagens alcançarão suas metas e concluirão suas jornadas. Nesse estágio, um Obstáculo Crucial se apresenta, alterando irreversivelmente a vida dos personagens.

Os personagens nunca tiveram tanta clareza de propósito como têm agora. Eles revisam seus objetivos com determinação, enfrentando os desafios finais sem medo de falhar. O clímax do terceiro ato é o momento em que a Resolução ocorre, trazendo a conclusão da história e revelando as consequências finais das ações dos personagens.

Nesse desfecho, é importante amarrar as pontas soltas e fornecer um senso de encerramento satisfatório para o leitor. Pode haver uma revelação surpreendente, uma última reviravolta ou uma resolução emocional que traga um senso de realização e finalidade à narrativa.

Vejamos alguns exemplos de Resolução:

  1. “1984” – George Orwell:
    • Obstáculo crucial: O protagonista Winston Smith enfrenta a implacável vigilância do Grande Irmão e a opressão totalitária do regime.
    • Clareza de propósito: Winston se compromete a se rebelar contra o regime e lutar pela liberdade, mesmo que isso signifique enfrentar consequências drásticas.
    • Clímax do terceiro ato: No clímax de “1984”, Winston Smith é finalmente capturado pela Polícia do Pensamento e submetido a uma intensa lavagem cerebral. Ele é forçado a renunciar à sua individualidade e a amar o Grande Irmão. O obstáculo crucial de sua vida é alcançado, pois sua liberdade e independência são completamente destruídas. Isso representa uma mudança irrevogável em sua vida, pois ele se torna um fiel seguidor do regime que antes resistia.
  1. “A Culpa é das Estrelas” – John Green:
    • Obstáculo crucial: A protagonista Hazel Grace Lancaster enfrenta a progressão de sua doença terminal e a perda de seu amado Augustus Waters.
    • Clareza de propósito: Hazel se compromete a aproveitar cada momento e a viver sua vida da melhor maneira possível, mesmo diante da adversidade.
    • Clímax do terceiro ato: No clímax, Hazel precisa lidar com a perda de Augustus e enfrentar sua própria mortalidade. Ela encontra força para seguir em frente, honrando a memória de Augustus e buscando uma vida significativa, mesmo sabendo que seu tempo é limitado.

A estrutura de 3 atos é uma ferramenta poderosa para a construção de histórias envolventes. Através da Apresentação, Confrontação e Resolução, essa estrutura permite que os escritores desenvolvam narrativas cativantes, repletas de desafios, reviravoltas e momentos cruciais tornando a história muito mais atrativa e envolvente.

Esses exemplos de livros famosos demonstram como a estrutura de 3 atos pode ser aplicada eficazmente em diferentes gêneros literários. Cada ato desempenha um papel importante na progressão da história, criando tensão, explorando os obstáculos enfrentados pelos personagens e levando a um desfecho satisfatório.

No entanto, é fundamental lembrar que a estrutura de 3 atos não é uma fórmula infalível. Os escritores devem adaptar e personalizar essa estrutura de acordo com suas próprias visões e necessidades da história.

O objetivo é criar uma narrativa única e envolvente, que ressoe com os leitores e deixe uma impressão duradoura.

Portanto, ao utilizar a estrutura de 3 atos em sua escrita, não se esqueça de explorar a originalidade, desenvolver personagens complexos, criar diálogos autênticos e envolver os leitores em uma experiência emocional. A estrutura é uma ferramenta poderosa, mas é sua criatividade e habilidade de contar histórias que darão vida e singularidade à sua obra.

Conclusão:

A estrutura de 3 atos é uma poderosa ferramenta à disposição dos escritores e roteiristas, permitindo que eles criem histórias envolventes e memoráveis. Através da Apresentação, Confrontação e Resolução, essa estrutura fornece um esqueleto narrativo sólido que mantém os leitores cativados desde o início até o fim.

No entanto, é importante lembrar que a estrutura de 3 atos é apenas uma das muitas abordagens possíveis para contar histórias. Cada autor tem liberdade para adaptar e personalizar essa estrutura de acordo com sua própria visão e estilo de escrita.

Além disso, a estrutura de 3 atos não é um conjunto de regras rígidas, mas sim um guia flexível que pode ser ajustado conforme as necessidades da história. Os escritores devem estar abertos a explorar variações e ajustes na estrutura para melhor se adequarem à sua narrativa específica.

Enquanto a estrutura de 3 atos oferece uma base sólida, é igualmente importante desenvolver personagens complexos, diálogos autênticos e um estilo de escrita cativante. A estrutura é apenas um dos elementos que contribuem para uma história bem-sucedida.

Além disso, a estrutura de 3 atos não garante automaticamente o sucesso comercial de um livro. Uma história envolvente também requer originalidade, criatividade e um tema relevante para o público-alvo. É essencial que os escritores cultivem sua própria voz e encontrem maneiras únicas de envolver os leitores.

Para aplicar efetivamente a estrutura de 3 atos em sua escrita, é recomendável estudar exemplos de obras de sucesso que utilizaram essa abordagem. Analise como os autores construíram suas histórias, identifique os pontos de virada cruciais e observe como eles mantiveram o interesse dos leitores ao longo do enredo.

Em suma, a estrutura de 3 atos é uma valiosa ferramenta para escritores e aspirantes a escritores. Ao entender e aplicar essa estrutura com criatividade, os autores podem construir histórias envolventes, repletas de conflitos, reviravoltas e momentos emocionantes. Lembre-se de que a estrutura é apenas o esqueleto da história; cabe a você preenchê-la com sua imaginação e habilidades de escrita para criar algo verdadeiramente único e impactante.

Aqui estão mais cinco exemplos de estruturas de narrativa utilizadas atualmente para escrever histórias:

  1. Estrutura de Arco do Herói:
    • Introdução: Apresentação do herói e do mundo em que vive.
    • Chamado à Aventura: O herói recebe um chamado para iniciar uma jornada.
    • Confronto com Desafios: O herói enfrenta uma série de desafios e provações.
    • Clímax: O momento decisivo em que o herói enfrenta o maior desafio.
    • Resolução: O herói retorna transformado e o mundo é restaurado.
  2. Estrutura de Paralelismo:
    • Duas ou mais linhas narrativas paralelas ocorrem simultaneamente.
    • As histórias se entrelaçam e afetam uma à outra.
    • Há uma conexão temática ou simbólica entre as narrativas.
  3. Estrutura de Ponto de Virada:
    • A história é dividida em partes distintas, cada uma com um ponto de virada significativo.
    • Cada ponto de virada muda o curso da história e aumenta a tensão.
    • A história progride por meio de uma série de reviravoltas e revelações.
  4. Estrutura Não Linear:
    • A história não segue uma ordem cronológica linear.
    • Saltos no tempo, flashbacks e flashforwards são utilizados.
    • A narrativa é construída de for-ma fragmentada, revelando gradualmente os eventos passados e futuros.
  5. Estrutura de Mosaico:
    • A história é composta por fragmentos de diferentes perspectivas, pontos de vista e vozes narrativas.
    • Os fragmentos se unem para formar uma imagem completa da história.
    • Pode haver sobreposição de eventos e lacunas na narrativa, exigindo que o leitor junte as peças.

Essas são apenas algumas das estruturas de narrativa utilizadas atualmente na escrita de histórias. Cada uma delas oferece uma abordagem única para a construção de enredos envolventes e cativantes. Os escritores têm a liberdade de escolher a estrutura que melhor se adapte à sua história e estilo de escrita, ou até mesmo combinar diferentes estruturas para criar algo totalmente original. O mais importante é criar uma narrativa coesa, emocionalmente envolvente que mantenha o interesse do leitor ao longo da história.

Conselhos para jovens escritores

Escrever é para todos, não importa a idade ou nível de escolaridade, a escrita deve ser acessível àqueles que a procuram. Pensando nisso, nós vamos dar alguns conselhos para jovens que têm interesse de entrar nesse universo ou já entraram e precisam de auxílio, afinal, os jovens são o nosso futuro e não devemos negligenciar esse público, que tem crescido bastante ultimamente. Então vamos lá?

Meu filho(a) quer ser escritor: o que fazer?

Claro que não podemos falar sobre jovens, crianças ou adolescentes, sem falar sobre os pais, geralmente os jovens dão sinais de interesse desde cedo, gostar de ler mais do que o considerado normal para a faixa etária, ter a imaginação fértil, gostar de contar histórias e, por fim, escrever. Como dito acima, é extremamente importante para a criança ter o apoio dos pais para desenvolver essa habilidade, não somente o apoio financeiro, talvez esse seja o menos importante, mas apoio emocional. Seja o fã número 1 do seu filho!

Aos jovens

O universo da escrita é muito vasto e cativante, vai te abrir muitas portas e facilitar a sua vida em alguns aspectos. Começar cedo significa ter mais tempo para dedicar à prática e ao estudo, quanto mais novo você inicia algo, maiores as possibilidades de você se tornar muito bom quando estiver mais velho, aproveite o apoio tanto financeiro quanto emocional dos seus pais, utilize o seu tempo ao seu favor. Caso tenha oportunidade, peça aos seus pais ou responsável legal para pagar cursos, explore ao máximo a sua habilidade da escrita e, o mais importante de tudo, seja resiliente, não desista e pratique todos os dias.

Ou seja

Não se preocupe tanto em publicar um livro logo, isso vai ser consequência do seu trabalho duro, da prática diária e uma rotina constante de leitura. Não é atoa que costumam dizer que a prática leva à perfeição. E não poderíamos deixar de falar do nosso curso COMO COMEÇAR A ESCREVER UM LIVRO DE FICÇÃO, ao adquirir o curso, você também vi ter diversos benefícios como uma comunidade de escritores e mentoria personalizada com o Sandro Bier, confiram!