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Olá, mamãe!
Se aproxima o Dia Internacional das Mulheres e vi um post no Café do Escritor com um desafio da escrita. Meus pensamentos foram invadidos pelas lembranças das nossas conversas. Queria lhe dizer tantas coisas… A primeira delas é que estou em um relacionamento sério com a escrita, seguindo os passos de papai, e também da senhora.
Tenho as melhores lembranças de nossa convivência aqui na Terra. Se por um lado foi quantitativamente curto, um tempo Chronos, por outro foi Kairos, um tempo de qualidade. Lembro-me das nossas conversas, e de suas orientações de ir além das aparências quando me dizia: “não pode ser por fora bela viola, e por dentro pão bolorento”. Não apenas com palavras, mas com atitudes, nos mostrava a importância do senso de organização, de ser útil, mas também criativa, e de sempre gostar de aprender de tudo um pouco.
Sabe as nossas bonecas dorminhocas? Mandei fazer para as minhas netas bonecas iguais, para ensiná-las, assim como a senhora me ensinou, o valor da utilidade e da organização.
Aonde vou, carrego seus ensinamentos mamãe. No trabalho, há tempos atrás, propus uma homenagem ao Dia Internacional das Mulheres no formato de um encontro empresarial que utilizava como pano de fundo o filme “Do que as mulheres gostam”. Aquele com o Mel Gibson. Foi um momento de refletir e conversar sobre oportunidades iguais nas empresas, e de falar sobre o que as mulheres realmente querem.
Há pouco tempo atrás, assistindo um “Dorama”, a protagonista diz: “A Jane pode gostar de flores, só que eu prefiro pedras. Flores são inúteis em uma ilha deserta, mas pedras podem ser usadas para derrubar frutas das árvores e espantar lobos.”
Penso que, na verdade, foi a forma que a personagem encontrou de ser ouvida. Quero dizer que podemos ser diferentes, ter gostos diferentes, mas é certo que todas nós queremos ser ouvidas e compreendidas.
Te amo mamãe.
E, como diz Ruy Barbosa: “amor de mãe não morre, só muda de atmosfera.”
Sua filha, Lalaia.
Adelaide Pires
@pires.adelaide