A música sempre teve o dom de a fazer sorrir. “Uma boa melodia pode curar qualquer coisa”, falava Dalva no mesmo instante em que se punha a bailar. Seus braços iam e vinham em movimentos muito conhecidos por ela. Seus pés tocavam o chão de forma tão suave que todos diziam que parecia flutuar. E ela realmente flutuara, nos palcos do mundo inteiro por anos e anos, até à tarde de terça-feira em que precisou fazer uma escolha. Uma sentença muito difícil. Com o coração apertado, decidiu que era hora de abandonar a dança profissional. Seus braços e pernas lhe pediam descanso, e ela foi repousá-los, na rede quadriculada em baixo da velha figueira.
Curadoria: Lourenço Moura
Foto de Kristina Polianskaia no Pexels
22 respostas
Que lindo!
🙂 😉
Muito bom Tatieli! 👏🏻👏🏻👏🏻
Obrigada Gisele 🙂
Parabéns Tatieli! Texto muito lindo!
Obrigada Maria 😉
O texto é curto, mas é tão poético que parece ter contado sobre uma vida inteira. Arrebentou Tatieli.
Obrigada Robson!!
A autora consegui provar que não precisa escrever muito para dizer muito, e entrega muito escrevendo pouco. Parabéns!!!
A autora consegue provar que não precisa escrever muito para dizer muito, e entrega muito escrevendo pouco. Parabéns!!!
🙂 🙂 🙂
O mundo poético da protagonista resumido em um piscar de olhos, o suficiente para se entender o propósito, a paixão e o merecido descanso. Hora do seu público global compreender e reconhecer o que a Natureza lhe cobrou. Parabéns Escritora Tatieli Machado.
Clayton, fiquei até emocionada com seu comentário. Obrigada! 🙂
Por isso que escrever também é aflorar sentimentos. A emoção está presente na mente de quem escreve e de quem lê. Pessoas do bem são mais sensíveis.
Envolvente, Tatieli! 👏👏👏👏
🙂
Sucinto e profundo! Parabéns!
Obrigada!
Que belo texto, Tatieli! Conta tanto em poucas palavras.
Obrigada!!
Parabéns Tatieli!!!
Obrigada!!!